Friday 25 April 2008

Esta fotografia é muito bonita. Porquê?

a) vestido
b) lâmpada
c) céu
d) bandeira do FCP......:-)

Wednesday 23 April 2008

12/09/07

Uma vez mais parto. Todos os dias se parte: de alguém ou para alguém. Hoje o coração partiu de, a desejar para.

Estou proibida de escrever em aviões.

Saturday 19 April 2008

speed of sound

Shame on me. Desculpem a ausência. O deserto dos posts. De posts inacabados que se acumulam na caixa dos drafts. Enfim, it's the speed of sound ... ou melhor da Joana.
Os dias têm sido três casas: a minha para dormir e tomar banho, a universidade para estudar, e o part-time waste of time, gain of money ... Anseio pelo dia [noite] 25 de Abril para a Revolução do III Encontro de Bloggers Tugas em London, mais Star Trackers, e por ser esse também o dia da minha deadline [I'm dead otherwise], E, por ser esse o dia da chegada da minha tia, que estará de visita.

E agora deixa-me speedar para o waste of time, gain of money...

Tuesday 15 April 2008

Monday 14 April 2008

Sunday 13 April 2008

O cientista da fotografia


Os cabelos pontiagudos exibidos aleatoriamente pela cabeça fazem lembrar um cientista louco - 'louco' até pode ser, mas por fotografia [o senhor do lado esquerdo]. Mike Figgis é um bom nome para quem aprecia fotografia - é aqui que entram o Fary e a Jojo. Andava eu à deriva por Leicester Square, e, sem querer esbarrei com a Photographers' Gallery. Rendi-me à porta, esbarrando com o Fary e a Jojo. Estavam visivelmente assombrados com a beleza artística do senhor (no dia anterior tinham visto os seus olhos capturados pelo click do senhor Figgis).
Figgis colou (literalmente) os seus shots à parede. Sobre coisas diversas. Caras. Objectos. Ruas. O que faz parte da rua. Tudo o que o seu olho avistava, Figgis captava com a máquina fotográfica, porque como o próprio diz: "a fotografia tem a ver com o olho".
Mike Figgis foi nomeado para dois óscares em 1996 com a película "Leaving Las Vegas" - aqui é o respectivo site por referência da Jojo.

Mesmo não conhecendo bem o seu trabalho, mas exaltada pela curiosidade das suas respostas, atrevi-me a umas perguntas (surgidas no momento) que Figgis coolmente aderiu (mesmo estando atarefado com o pc e a impressora no improvisado estudio):

O que é que o faz clicar no botão da câmara?
O que quer que seja. A fotografia tem a ver com o olho, portanto, tudo o que suscite o meu olho, eu tento capturar. Seja o que for, se despertar o sentido do meu olho eu quero fotografar.

Prefere fotografias a preto e branco ou a cores?
Gosto das duas, se bem que o meu gosto pessoal recai pela fotografia a preto e branco. Nos últimos tempos tenho descoberto que adoro cores. Dependendo do contexto, tento captar a imagem de acordo com o que vejo.

Roland Barthes definiu que o que um fotógrafo capta é o modo como vê esse objecto ou pessoa. Partilha desta definição?
Totalmente. Eu fotografo e vejo uma realidade, e depois, quando olho a fotografia de novo, vejo outras coisas, outros contextos e realidades, e à medida que o tempo passa ela [a fotografia] vai ganhando outros contornos que eu vivo com ela e sinto sobre ela.

Quando e como se apercebeu que estava apaixonado por fotografia?
Quando tinha 12 anos. Queria muito uma máquina. Desejava ter imagens ao meu redor, e desejava fotografar a minha família e os meus objectos.

O que gosta mais de fotografar?
Pessoa e especialmente mulheres. Mais do que homens, devo dizer [risos]. Gosto de mulheres e pessoas mais novas. Também fotografo rapazes, a rua, objectos, tudo o que os meus olhos quiserem que eu fotografe e onde apanhe expressões.

Qual acha que vai ser o futuro da fotografia?
O futuro para a fotografia anda mau. Vai ser assim como isto [aponta as maõs para as suas fotografias coladas na parede]: arte, exibições. No mundo da fotografia há muito o perfil da superficialidade e das celebridades. A fotografia não é isso. Tem a ver com democracia, e o que estamos assistir é muito marxismo [capitalismo]: tentar fazer dinheiro. Temos que contrariar esse caminho.

Saturday 12 April 2008

há músicas que nos contam estórias ao ouvido

foi assim:

pudesse eu empurrar a porta do teu coração e falar-lhe ao ouvido. dizer-lhe o que devia ter dito desde o primeiro segundo, quando os olhos rasgam os outros olhos, até ao mar da alma, até onde mora o mistério do desejo humano, da paixão, do amor. dizer-lhe, dizer-te o quanto desejo chegar até ao sangue, à fervura dele. esquartejar essa máscara que trazes vestida. pudesse eu despir-me. despir-te. rasgar a máscara sufocante. cozer-te às minhas palavras e mistérios que entendes por devaneios, mas que fazem todo o sentido por onde vagueio. pudesse esfaquear esse coração de pedra, do qual tanto te orgulhas. pudesse quebrar o teu tempo e espaço; entrar pelo teu quarto e descobrir-te a cada primavera que passa.
pudesse entender-te a cada letra. segurar-te a cada palavra, e pendurar um abraço ao teu discurso irregular. mostrar-te o meu quarto e mostrar-te a colecção dos beijos dados, das cartas partilhadas.
pudesses entender o trânsito destas frases. pudesse eu as ler. pudesse o teu ouvido chegar até ao infinito onde mora o meu coração. quantas das tuas palavras têm significado – pergunto. pudesses pedir licença para te dar a oportunidade dos passos gigantes. levar-te para longe, onde moramos. esmagar-te com as provas dos sentimentos e nalgum ponteiro do relógio, pudesse eu olhar-te, no fundo de ti, no fundo do que te fez nascer, do teu mundo, e dizer-te, que te quero. ser lamechas, como o Amor deve ser.
vivê-lo a preto e branco para depois pintá-lo a cores.

surround me with your love.

é o que esta música quer dizer.

Friday 11 April 2008

Wednesday 9 April 2008

dentro da queen city hall
fora
london bridge
in london bridge


the castle

Tuesday 8 April 2008

The finest female artist of London:

Aqui

Monday 7 April 2008

Estava no lugar certo, há hora certa - quando te conheci. O que quero dizer é que esse lugar começou por ser o 'Público', a hora é que já sem certeza. Depois ajudou ter enlaçado empatia com o Pimenta para chegar até ti - Fary. Que gozo me dá seres meu amigo. Pudesse eu dar-te muitas mais prendas do que aquelas que me dás a mim. A última foi o prémio de fotografia que recebes-te.

Só para te dizer:

p a r a b é n s

Sunday 6 April 2008

Neve

A noite em claro fora um prelúdio. Para mim fora sempre manhã de janela fechada. Quando desisti de um sono sobressaltado, abri meia janela, e o Pólo Norte surgiu-me. Nevava tanta neve - pequena - que parecia que nevava dentro de casa e o frio gélido se estendia pelas bordas do corpo. A neve na Primavera assemelha-se a estilhaços de vidro, dividido pelas cores primárias, a multiplicar pela luz fria que corre nas veias do vento, e cujo resultado é um leve sorriso fantasmagórico de quem ainda recorre a reminiscências perpetuas mas nao vindouras.

Friday 4 April 2008

Foi no segundo ano de Comunicação Social na Universidade do Minho na cadeira de Geografia Humana, que aprendi a história dos Lugares. A relação de nós com o espaço. As estórias que tatoamos nos lugares, nos espaços, e que mais tarde revisitamos, revivendo essas estórias passadas.
Na ocasião fizemos um exercício com a professora: todos tínhamos de escrever uma estória que tivessemos vivido em determinado espaço, ou seja, descrever a nossa relação com esse lugar. Confesso que fiquei perdida. Tenho imenso lugares que contam imensas estórias. Mas na altura não descobri o verdadeiro sentido do que a professora pretendia transmitir. Listei uma série de espaços onde me recordam estórias - contudo, achei aquela lista vazia. Nem sei porquê. Vazia de alma, vazia de significado - e não era suposto.

Hoje ao ler o Vasco recuei até essa aula, percebi-me, percebi a minha relação com os espaços. Li a (excelente) reportagem sobre os bloggers fora do território português, onde participaram a CK e o Melões.

É simples: para mim os lugares são as pessoas. És tu. O meu espaço é aquela linha ténue, que não se vê, mas que me liga ao meu outro, que se rege pelo verbo partilhar.

É isso que são para mim o Porto, Braga, Amesterdão e Londres - onde corre o espírito das minhas estórias. Não é a cadeira onde nos sentamos a conversar, mas a expressão dos olhos do que dissemos.

Tuesday 1 April 2008

acordei com um leve sol a vasculhar-me a cara, e um colchão tão mole que me senti a naufragar. um cheiro a torradas com manteiga numa cozinha fora do sítio. da janela assisti a sinais de vandalismo: motas incendiadas e vidros partidos. em casa acedi a uma segurança contra-natura. e na escola ouvi o que se lê nos jornais: Bush. a custo embalei a agenda no regaço.

voltei. a londres. a vocês.