Friday 29 February 2008

O pior da dor humana é a dor da perda. Porque se caí não se sabe bem onde. E olha-se para cima e não se enxerga nada. Ficamos confinados a uma bolha vazia. A um puzzle incompleto, e a uma nostalgia que nos prende os sentidos. O céu fica, por uns tempos, sem cor, e o chão escorregadio. Alguém essencial no compilar da nossa vida desaparece, e pronto. A vida, por todas as circunstâncias, continua. Tem que continuar.

Resta, então, o porto de abrigo dos amigos e familiares - essa vela que jamais se apagará.

[E, como dizes, M., guardar cá dentro tudo o que foi - sem exepção]

Wednesday 27 February 2008

Hoje o meu avozinho faz anos...upa upa...

PARABÉNS, melro!:-)

Diz que a terra tremeu em Londres

Eu estive de olho arregalado até o relógio apontar a madrugada, e não senti nada. Nem uma caneta a escorregar secretária fora, nem uma tontura, nem a cama fora do sítio. Já o americano, depois desta manhã o ter alertado para as notícias about the earthquake, ficou em polvorosa: ah, então foi isso que aconteceu, é que senti a minha secretária abanar, mas pensei que fosse da minha cabeça...

Notícia aqui

Sunday 24 February 2008

National Portrait Gallery

Germaine Greer, b. 1939
australian-born writer, academic and author of the Female Eunuch (1970), a key feminist text discussing the role of women in western society. Subsequent works include Ship-shod Sibyls (1995) and The Boy (2003).

By Paula Rego, b. 1935
pastel on paper laid on aluminium, 1995

Greer is wearing a jean mair dress and some favourite old shoes. The portraits lack of flattery appeals to Greer: "A portrait that is kind condescending. The last thing thing I would want is for Paula to condescend to me, and it's the last thing she would think of doing".

[sala 38, National Portrait Gallery]
[Lisboa, Novembro de 2006]


Eu não sei esquecer.
Só recordar.


Lover you should've come over.

Wednesday 20 February 2008

O2

quem vê o edifício do O2, em norte greenwitch, a sul do rio, ao longe, aquilo parece um OVNI. a sério. quando a nibs falou em cinema no O2, e ao contar a cronologia do espaço - que tinha sido uma arena transformada em moll, eu pensei: "hmmm....deve ser feio como o raio". Mas não. O bicho até é pretty, e pelo que a nibs contou, tem uma sala de cine com quinhentos e poucos lugares, não é assim!?

nota: a nibs e o rui (ai vais, vais) também vão dia 2 ao almoço, e pelo que percebi há chances de ir a Andreia e o Pedro.

brick lane



brick lane. eu sou mais brick lane gal. que se lixem lá as oxfords streets, e mais os piccadillies, os harrods, os palácios e mais não sei o quê. em londres inspira-me o "outro", e a diferença, o multiculturalismo que dá alma à cidade: sim, porque se não fosse a mescla de azulejos, londres não teria metade do encanto que lhe caracteriza.

brick lane, na zona este da capital inglesa, é também um livro que originou um filme. esteve na tela em novembro, e é uma estória de amor sobre uma rapariga do Bangladesh. monica ali é o nome da escritora que deu estória a brick lane.

Saturday 16 February 2008

Thursday 14 February 2008

será verdade?

Enviaram-me um e-mail com esta pérola, ao que parece, assinada pelo Financial Times. Segundo o remetente do e-mail, aquele jornal britânico terá publicado na edição de 13 de Outubro do ano passado o mapa de Portugal tal qual apresentado na figura acima.

Se não fosse trágico, seria hilariante.

Wednesday 13 February 2008

party

Muito obrigada aos bloguistas portugas em Londres pelas mensagens de "feliz aniversário". Fui de visita relâmpago a Portugal para festejar mais um ano que passa por mim: 26.

E convido os meus amigos bloguistas e não bloguistas :-) para a festarola a realizar este sábado (dia 16) na old street, num club que está aberto até mais tarde, e mais importante, não se paga. Chama-se 333 Mother (lembram-se Sónia, , Ricardo,...?)!!

Ponto de encontro: old street metro station, 21h - nos corredores subterrâneos.

Aproveito para confirmar a minha presença no II Encontro dos Bloguistas tugas, dia 2 de Março, e dizer-te que sim, que todos aqueles contactos responderam, e que agora estou a ponderar as acções e os horários:-)

Sunday 3 February 2008

Hoje ao calcorrear Covent Garden, na direcção a Leicester Square vi o mundo numa montra. Comprei-o e enfiei-o dentro do meu quarto.
Are you an optimistic?

O velho de Bagdad olhou-me de soslaio nos bancos desconfortáveis da estação de metro em Bank. Nas mãos trazia decorada uma revista, e uns óculos minúsculos propositadamente postos na ponta do nariz. Tinha um olhar escuro, que contrastava com a neve farfalhuda da cabeça.

hmmm...I'm more a sceptical, but you can say, most of the time, after the bad thoughts or pain, I can be an optimistic.

Soltou uma gargalhada rouca. Disse-me de um só fôlego que estava a ler um artigo, escrito por ministros noruegueses, que dava conta do fim do mundo em 2012. Do you believe it?

Not really, sir.

Because you still young and you want to live long time.

No, because that's madness.

Perguntou-me de onde era. Beautiful, Have been there few times. Perguntei-lhe de onde era. Never been.

Ainda com ar diletante anunciou como num eco que era artista. what kind of artist? Architect.

Friday 1 February 2008

"ok" não chega

Eu gosto de ser exigente comigo mesma. Assim tenho crescido e avançado na literatura da vida. Os meus pais, professores, amigos, editores, colegas de trabalho, de turma, whatever, têm ajudado a este crescimento. A verdade é que é a estas pessoas que devo as minhas bases e conhecimento. E de passo a passo cheguei até Londres, até ao Mestrado, até à pergunta que me vai acompanhar durante os próximos seis meses. Ou seja até ao trabalho de investigação que resultará na tese. Já tenho tacho e fogão para o tópico, ou seja, tema e ideias, faltam-me os ingredientes - os quais vou desde já começar a tratar. A minha orientadora vai ser nada mais nada menos do que a italiana expert no assunto a nível MUNDIAL, que me disse acerca da minha ideia:"Muito interessante, boa escolha, estou feliz por participar neste teu projecto".
Hoje o ****** de outro professor, que não deve percebe nada da matéria, responde-me com um "ok" quando lhe contei o que iria versar a minha tese. Ou seja, a mesma reacção se eu lhe contasse que à noite iria ao cinema, ele diria "ok". Mas "ok" para o meu trabalho suado é muito pouco. Não serve. argh.